Uso da ETCC e o futuro da neurociência
Uso da ETCC e o futuro da neurociência
Há tempos a neurociência se dedica aos estudos de técnicas não-invasivas que sejam capazes de remodelar funções cerebrais. E, com isso, o uso da ETCC (estimulação transcraniana por corrente contínua) se faz cada vez mais presente na área médica. Seja com fins de prevenção, tratamento ou mesmo “treinamento” dos neurônios. Para saber sobre quais áreas essa técnica é capaz de abranger, continue a leitura.
‘Treinar” o cérebro com uso da ETCC
O cérebro humano é capaz de se adaptar constantemente, sempre reorganizando funções e adquirindo novas habilidades que podem ser puramente psíquicas ou mesmo motoras. Sendo assim, desde o nascimento até o final da vida, temos a possibilidade de evoluir física e mentalmente, melhorando nosso desempenho e abrindo novas possibilidades. Por exemplo: prática de esportes, aprender uma nova atividade, melhorar o desempenho em práticas recorrentes, etc.
O uso de técnicas de estimulação aumentam essas capacidades. A ETCC envia pequenas ondas elétricas a regiões determinadas, o que incentiva o cérebro a criar novas conexões neurais. E elas irão permitir e até mesmo facilitar o aprendizado mais veloz de uma nova atividade. Com isso, assimilamos com maior facilidade novas capacidades e conseguimos, ainda, melhorar outras já bem desenvolvidas.
Três possibilidades que são resultados do uso da neuromodulação cerebral
Melhora do desempenho físico
As habilidades físicas são desenvolvidas com a prática constante. Mas o cérebro também tem parte nesse processo. Já que ele é o responsável pelos processos de assimilação e aprendizagem. Por isso que sempre quando estimulamos em conjunto nosso cérebro e corpo, é possível melhorar a capacidade de realização e também a performance nas atividades.
Com o uso da ETCC é possível “treinar o cérebro” para assimilar novas habilidades em menos tempo, dominar um instrumento, melhorar força e resistência física. Tudo associando o uso de técnicas de estimulação cerebral não-invasivas e a prática “comum” das atividades. E essa melhora de desempenho é explicada pelo princípio do equilíbrio de funções: o cérebro fica responsável por mandar impulsos nervosos mais eficientes e o corpo realiza o trabalho. Os resultados dessa ação em conjunto refletem na melhora no condicionamento físico e mental.
Tratamento de enxaqueca
Quando se fala em enxaqueca, há dois momentos importantes dentro dos cuidados: prevenção e tratamento. A prevenção é indicada para pacientes que costumam ter crises frequentes de enxaqueca. Neste caso, a ETCC promove uma estimulação com fins de modular a região cerebral e evitar que os efeitos da dor apareçam ou sejam bastante intensos. A ideia é diminuir a intensidade e a periodicidade dos episódios. O que ajuda na diminuição do uso de medicamentos.
Já no caso de tratamentos, a ação da neuroestimulação é mais ativa do que preventiva e os resultados são vistos a curto prazo. Pois aqui o objetivo é interromper os efeitos da crise e dar ao paciente o alívio necessário. E, na prática, as ondas emitidas pelo aparelho para ETCC pretendem limitar o alcance da dor ao Sistema Nervoso Central. Assim, é possível controlar crises a depender da intensidade do episódio.
Alívio do estresse
Outro resultado satisfatório proporcionado pelas técnicas ETCC é no uso recorrente para alívio do estresse e de seus principais sintomas. Pois a neuroestimulação promove, também, relaxamento, ajudando a reduzir a insônia e outros reflexos relacionados à pressão do dia a dia, promovendo conforto, saúde e bem-estar. Além do mais, conseguir diminuir os índices de nervosismo ajuda no tratamento de transtornos como ansiedade e depressão.
A ETCC como saída a diversos tipos de problemas
Assim como observado, o uso de técnicas e terapias que envolvem o uso da ETCC podem ser a solução para diversos casos. Desde atletas que precisam melhorar o desempenho físico até pessoas que trabalham com altos níveis de pressão e tem o estresse como companheiro do dia a dia profissional. A neuromodulação chegou para ficar! Muitas áreas são ou ainda serão beneficiadas com o desenvolvimento e avanço da neurociência.